Graduado em Letras pela UFC
Especializado em Investigação Literária pela UFC
Mestre em Literatura Brasileira pela UFC
No dia 29 de setembro de 2008, completaram-se 100 anos do falecimento de Machado de Assis. A data serviu de mote para uma série de homenagens à figura do escritor e para uma extensa revisão de sua arte, manifestações pouco vistas quando se trata de autores brasileiros recuados no tempo. Documentários, programas televisivos, chamadas em revistas eletrônicas, exposições, reedições da obra e um razoável leque opções de livros de crítica que pretendiam avaliar os processos escriturais do bruxo do Cosme Velho à luz das tendências do pensamento contemporâneo.
Ao que parece, todos estes produtos de uma sociedade que exerce seu cotidiano de modo cada vez mais acelerado, em que a idéia de permanência soa cada vez menos possível, vêm curiosamente negar estes atributos na medida em que elegeu um escritor e sua reconhecida genialidade como algo que nos traduz como nação. E assim, apesar do imediatismo e da superficialidade dos tempos que correm, Machado aparenta estar mais vivo do que nunca em seus livros, em sua história de vida cheia de lances cinematográficos (não sei por que sua biografia ainda não foi transformada em filme) e em seus clássicos traços de ironia e ambigüidade que verteram em frases memoráveis o olhar ao mesmo tempo agudo e enviesado para o homem brasileiro de seu tempo e, talvez, de todos os tempos. Tudo isso faz com que a leitura de textos como Memórias póstumas de Brás Cubas, O alienista ou Dom Casmurro seja, ainda hoje, fonte de prazer e descoberta de si, mesmo que as gerações mais jovens insistam em apontar a dificuldade de um vocabulário que supostamente não esteja adequado à facilidade do agora. Mas, para superar isso, é que existem as transcriações desses textos em suportes e formatos que inserem a leitura da palavra machadiana nos olhares contemporâneos, por meio dos quadrinhos, dos áudio-textos, do áudio-visual, do fanzine, do blog, entre tantos outros que surgem a cada nova respiração.
Pelo jeito, a imagem do Machado-escritor superou as expectativas que ele talvez tenha projetado para si, do mesmo modo que ele superou toda sorte de condições adversas, não sendo à toa que o crítico Harold Bloom, em seu livro O gênio, tenha colocado o autor de Memorial de Aires entre os mais inventivos autores do mundo em todos os tempos, ao lado de Shakespeare e Cervantes, ultrapassando as fronteiras de uma representatividade que não inscreve mais unicamente à língua portuguesa, mas que indica ter o que dizer ao homem de qualquer lugar, em qualquer época. 100 anos depois e parece que foi ontem.
Ao que parece, todos estes produtos de uma sociedade que exerce seu cotidiano de modo cada vez mais acelerado, em que a idéia de permanência soa cada vez menos possível, vêm curiosamente negar estes atributos na medida em que elegeu um escritor e sua reconhecida genialidade como algo que nos traduz como nação. E assim, apesar do imediatismo e da superficialidade dos tempos que correm, Machado aparenta estar mais vivo do que nunca em seus livros, em sua história de vida cheia de lances cinematográficos (não sei por que sua biografia ainda não foi transformada em filme) e em seus clássicos traços de ironia e ambigüidade que verteram em frases memoráveis o olhar ao mesmo tempo agudo e enviesado para o homem brasileiro de seu tempo e, talvez, de todos os tempos. Tudo isso faz com que a leitura de textos como Memórias póstumas de Brás Cubas, O alienista ou Dom Casmurro seja, ainda hoje, fonte de prazer e descoberta de si, mesmo que as gerações mais jovens insistam em apontar a dificuldade de um vocabulário que supostamente não esteja adequado à facilidade do agora. Mas, para superar isso, é que existem as transcriações desses textos em suportes e formatos que inserem a leitura da palavra machadiana nos olhares contemporâneos, por meio dos quadrinhos, dos áudio-textos, do áudio-visual, do fanzine, do blog, entre tantos outros que surgem a cada nova respiração.
Pelo jeito, a imagem do Machado-escritor superou as expectativas que ele talvez tenha projetado para si, do mesmo modo que ele superou toda sorte de condições adversas, não sendo à toa que o crítico Harold Bloom, em seu livro O gênio, tenha colocado o autor de Memorial de Aires entre os mais inventivos autores do mundo em todos os tempos, ao lado de Shakespeare e Cervantes, ultrapassando as fronteiras de uma representatividade que não inscreve mais unicamente à língua portuguesa, mas que indica ter o que dizer ao homem de qualquer lugar, em qualquer época. 100 anos depois e parece que foi ontem.
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