Sueli Cavendish
sndish@yahoo.com.br
Ensaísta e Tradutora, Doutora em Letras pela UERJ
Abandonemos, durante os breves momentos desta comunicação, o caminho já bastante trilhado da polêmica entre Lacan e Derrida sobre “A carta roubada”, de Edgar Allan Poe, travada em torno dos deslocamentos do significante e suas determinações fatais sobre o destino humano. Concentremo-nos, ao invés disso, na geometria da Carta, e em seu formato, que a tornam apta a dobrar-se e a desdobrar-se infinitamente, movimento que dá presença ao ato reflexivo. Pois pensar, refletir, é dobrar-se, ‘a dobra é uma forma vital de reflexão’ (1) , afirma Otávio Paz, apoiando-se em estudo de Jean-Pierre Richard, com respeito ao caracol – Ptyx – do Soneto em ix, de Mallarmé. Estrutura que se dobra sobre si mesma, oca e sonora, o caracol, ou concha, do nada não se ‘honora’, porém, mais que a Carta, cujo conteúdo nada importa, posto que é folha em branco, devotada ao silêncio.
A fundação da reflexividade, como tradição da ficção, não é atribuída a Poe e sim a Mallarmé. Baudelaire, Mallarmé e Valéry não se cansam de afirmar a sua fidelidade de princípios ao poeta americano – Poe, para Mallarmé, é a alma poética mais nobre que jamais viveu,” (2) “o caso literário absoluto” (3) , para Valéry é “talvez o mais sutil artista deste século” (4). Mas o culto de Poe pelos franceses é visto pelos leitores de língua inglesa como um mistério. Um leitor privilegiado como T. S. Eliot, para quem Poe nunca deixaria de ser “uma pedra no meio do caminho de todo crítico judicioso” (5), não é capaz de nele vislumbrar as marcas de uma modernidade que com ele se funda: “Devemos estar preparados para contemplar a possibilidade de que esses franceses tenham visto algo em Poe que nós, leitores de língua inglesa, não percebemos” (6) . Se essas palavras representam uma certa rendição em face do incompreensível fenômeno Poe, outras proferidas anteriormente comportam a condenação pura e simples, embora a contundência traia um resíduo de dúvida que não se erradica: “É difícil para nós compreendermos como poderiam três poetas franceses, todos homens de dotes intelectuais excepcionais, levar Poe tão a sério como filósofo – pois são as teorias de Poe sobre a poesia, mais que seus poemas, que significavam tanto para eles. Até que ponto seria Poe um bom poeta? Não há nenhum cuja qualidade tenha sido mais questionada”. (7)
A questão da conturbada e controvertida história da recepção literária a Edgar Allan Poe é retomada por Shoshana Felman (8) em artigo de 1988. A autora trata a discordância crítica em torno de Poe, inusitada e sem precedentes, a ponto de dele fazer ‘a literary case history’ (um caso especial na história da literatura), como sintoma de um ‘efeito poético’ e as contradições suscitadas por sua poesia como “indiretamente indicativas da natureza da poesia.” (9) Ao mesmo tempo o mais exaltado e o mais depreciado dentre os poetas americanos, a sua poética, poder-se-ia dizer, jamais se acomodou a um cânone: “a mesma poesia que, mais que qualquer outra, é experimentada como irresistível, também tem provado que é, na história literária, aquela que, mais que qualquer outra, provoca resistências. (10) A sua análise aponta para o deslocamento de considerações de valor estético para questões que implicam o exercício de influência e poder, ou efeitos de poder, como indicativas da natureza da poesia: “(...) A poesia de Poe pode ser definida, e de fato tem sido, como uma poesia de ‘influência’ par excellence (...) Mas o que é único, contudo, a respeito da influência de Poe, tanto quanto a respeito da ‘mágica’ do seu verso, é a extensão com que sua ação é inexplicavelmente insidiosa, indo além do controle, da vontade, e da consciência daqueles que estão submetidos a ela. ‘A influência de Poe’, escreveria T.S. Eliot, ‘é enigmática”. (11)
Examinemos em primeiro lugar, acompanhando Felman, as apreciações que classificam a poesia de Poe na rubrica de enigma, mágica, mistério: Para George Bernard Shaw: “Poe sistemática e inevitavelmente produzia mágica ali onde seus maiores contemporâneos produziam apenas beleza.” (12) ; para o poeta americano James Russell Lowell “Ninguém poderia dizer-nos o que é, e assim mesmo não há ninguém que não esteja inevitavelmente consciente de seu poder” (13) ; P. Pendleton Cooke afirma que “’sua poesia gruda-se na memória de quem quer que a leia” (14) ; e mais uma vez Eliot afirma que “’Poe possuía, num grau excepcional, o sentimento do elemento de encantamento na poesia, daquilo que pode, da forma mais literal possível, ser chamado de ‘a mágica’ do verso. ” (15) Ou ainda: “Poe é o autor de uns poucos ... poemas curtos...que de alguma forma colam na memória.” (16)
Uma marca curiosa na história dessa recepção é a freqüência com que Poe é considerado um gênio, mesmo por seus detratores. O livro de Joseph Wood Krutch, que de modo geral deprecia a obra de Poe, tem o curioso título de Edgar Allan Poe: A Study in Genius.(17) James Russell Lowell, outro crítico severo de Poe – cuja poesia, diz, “conteria dois quintos de pura bobagem” –não obstante declara: “O Senhor Poe possui aquele algo indescritível que os homens concordaram em chamar de gênio.” (18) E não apenas esses, mas diversos outros autores certificam a genialidade de Poe nos próprios títulos dos seus ensaios (19) : Poe entretanto pode ser apenas rejeitado, e violentamente, como faz Aldous Huxley, sem os escrúpulos e as hesitações de Eliot, e sem subordinar-se sequer à opinião dos franceses, no ensaio “A vulgaridade em Literatura” (20): “Nós, que falamos a língua inglesa, podemos dizer, com o devido respeito, que Baudelaire, Mallarmé e Valéry estavam errados e que Poe não é um dos nossos maiores poetas”.(21) Henry James e Emerson consideram-no pertencente à raia miúda, e F. O. Matthiessen afirma que “nenhum crítico americano de razoável estatura jamais contrariou esses dois poderosos árbitros do valor literário.(22)
Mas, indaga Felman, por que afirmar a insignificância de Poe, ou negar valor à sua obra, se transforma numa quase obsessão? A crítica não percebe o paradoxo que subjaz essa empreitada: “de modo algum se compreende porque alguém deveria se dar ao trabalho de escrever – extensa e intensivamente – sobre um escritor sem importância”.(23)
O mais sistemático entre os detratores de Poe, Ivor Winters, radicaliza a questão a ponto de qualificar como uma “ameaça” o expressivo corpo crítico constituído em torno da obra poeana: “Quando um escritor encontra o apoio de um tal interesse, muito pouca argumentação filosófica será o bastante para estabelecê-lo, no mundo acadêmico, como um escritor cuja grandeza é auto evidente.” (24) Passa despercebida a Winters a ironia contida nesse esforço por salientar a insignificância de Poe: “a ‘ameaça’ – quer dizer, a possibilidade de tomar-se a ‘grandeza de Poe como escritor’ como algo ‘auto evidente’ apenas cresce” (25), pois com sua análise, Winters acrescenta um estudo a mais ao expressivo corpo crítico já existente.
É possível concluir, a partir das observações de Felman, que Winters é vítima de uma cegueira no ato mesmo de negar a auto evidência da importância de Poe, pois o que se dobra e retorna sobre ele, é a sua própria mensagem ao inverso, a afirmação dessa auto evidência. A cegueira, como visto, é problema de muitos, que quanto mais se empenham em negar a importância de Poe, mais a patenteiam. E assim encarnam o ‘efeito poético’(The Poe-etic effect) por excelência, no sentido em que reagem paradoxal e inconscientemente, ao poder de uma poesia que os subordina a afirmar-lhe a importância, quando o que desejam fazer é pôr seu valor em questão. Pois, diz Felman, a intensidade com que se “’proclama, se argumenta e se tenta provar que ele (Poe) não tem importância [...] não é senão evidência de que sua poesia, de fato, importa”.(26)
Esse influxo de poder da sua poesia, que compele o leitor a uma ação, a um “ato de leitura”, grande parte das vezes “atos de negação” que revertem em seu oposto, partilha da natureza paradoxal do ‘efeito analítico’, posto que se apresenta como o enigma do analítico por excelência, aquilo cuja causa, fundação ou origem é incogitável, intuído pelo próprio Poe em “Assassinatos na Rua Morgue”: “The mental features discoursed of as the analytical are, in themselves, but little susceptible of analysis. We appreciate them only in their effects.”
Não se sabe, então, o que na poesia de Poe causa as reações aqui descritas, mas é possível alinhar os efeitos analisados por Felman em três categorias: nega-se valor estético dessa poesia mas afirma-se a genialidade do autor; nega-se o valor estético dessa poesia mas afirma-se o seu poder: ela fixa na mente uma marca indelével, é enigmática, é irresistível; quanto mais se nega essa poesia mais se a discute e mais se afirma, com isso, a sua importância. Nos três casos, portanto, o efeito produzido é duplo e contraditório, a imagem perfeita de uma reversão no oposto. Por uma obra inteira que se dobra e se converte em espelho, Poe dobra o seu público, instaura um vinco na história da recepção e subverte a questão da validade objetiva do fenômeno estético. A reflexividade, de que não se conhece a causa, é o efeito poético, mas ela, reflexividade, não é apenas a repetição do mesmo e sim diferença, aquilo que atrai os franceses mas que foge à compreensão de Eliot. A experiência de Eliot com relação a Poe, que oscila sempre entre o simples repúdio e o desejo de, através do olhar dos franceses, reconhecer seu valor -- porque os franceses, “todos homens de dotes intelectuais excepcionais”(27), foram cultores de primeira hora – reflete, emblematiza e ilustra a própria oscilação de Poe no cânone literário, a instabilidade pendular do valor atribuído à sua obra na história da literatura. Mas revela também que sendo inescrutável a origem de onde parte o efeito poético, este tem, todavia, a instabilidade como marca: “Posso nomear positivamente certos poetas cuja obra me influenciou”, diz Eliot, “posso nomear outros cuja obra, com certeza, não me influenciou; há outros ainda de cuja influência não tenho consciência, mas cuja influência eu poderia vir a reconhecer: mas com respeito a Poe nunca terei certeza alguma.”(28)
É justamente o teatro do que se encena em suas obras, sobretudo em “A carta roubada”, que vemos exposto nessa história espinhosa da recepção poeana. Quer se dê ao que se vem descrevendo o nome de efeito poético ou de efeito analítico, o fato é que uma cegueira internamente irredutível, que vimos agitar toda uma comunidade literária, é constitutiva do ato reflexivo, que nesse caso ‘reflete’, em seu duplo sentido, de pensamento e dobra, sobre a obra de Poe. O que se expõe, nos dois casos, na vida e na obra, é a experiência do eu, marcada pelo fracasso da consciência que intenta estabelecer para si um solo estável. E o fracasso, lembremos, ronda a figura de Poe em sua curta existência, mas não atinge menos a seus inimigos, que joguetes do jogo de Poe, também fracassam na empreitada de lançar uma pá de cal definitiva sobre os seus escritos e assim liquidar com a ameaça para a ‘alta’ literatura que eles representam. Mais que isso, todavia, as exacerbações da crítica, tomada muitas vezes de um ódio mal disfarçado, respondem a uma sensação de fracasso diante de um enigma, ao ridículo de serem jogados por um jogo cujas regras não detém. O destempero bizarro dessa recepção crítica seria um efeito calculado por Poe? Da apreciação de Mallarmé deduz-se que sim. De fato, para este último, Poe exercia um rigoroso sobre o efeito poético: “(...), quanto mais prossigo mais sou fiel às severas idéias que me foram legadas pelo meu grande mestre Edgar Poe. O poema extraordinário O Corvo assim o fez. E a alma do leitor goza absolutamente como o poeta quis que ela gozasse. Ela não experimenta nenhuma outra impressão que aquelas que ele havia projetado.”(29) Valéry acrescenta um reforço a essa avaliação, ao dizer que “jamais o problema da literatura foi amadurecido até que Edgar Poe examinasse suas premissas, reduzisse-o a um problema de psicologia, abordasse-o por meio de uma análise onde a lógica e a mecânica dos efeitos fossem deliberadamente empregadas.(30) Mas se tudo obedece a um plano, que dizer então do fato de haver Poe confiado a Rufus Wilmot Griswold, com quem mantinha relações de inimizade, a quem considerava um notório chantagista, a quem se referira como incapaz de independência e julgamento, sobre cuja antologia, The Poets and Poetry of America, escrevera uma sátira bem ferina(31), a tarefa de escrever sua biografia? Os ressentimentos entre esses duplos, ligados por um ódio tão maníaco e vingativo como o que nutrem entre si “Dupin” e o “Ministro D” em “A Carta Roubada”, resultaria no amargo obituário publicado por Griswold no New York Tribune, sob a alcunha de Ludwig, que assim se inicia: “Este anúncio surpreenderá a muitos, mas poucos ficarão pesarosos com ele”(32). A vituperação de Poe por Griswold é incansável e ele não se detém diante de nada a fim de denegrir permanentemente a imagem do poeta: manipula e distorce detalhes da vida de Poe, forja cartas, rouba direitos, e de executor de sua obra transforma-se em carrasco. Mas Poe já se antecipara a esse passo do inimigo, quando fizera publicar anonimamente, em 1843, uma resenha acre da antologia The Poets and Poetry of America, na edição do Philadelphia Saturday Museum, que finaliza com uma afirmação estranhamente profética: “(...) qual será o seu (de Griswold) destino? O esquecimento. Salvo apenas por aqueles a quem feriu e insultou, ele afundará no esquecimento, sem deixar qualquer marca que testemunhe sua existência no mundo; e se por acaso se vier a falar dele a partir de agora, ele será citado como o servo infiel que abusou da confiança nele depositada”.(33) Assim, dessa luta encarniçada entre duplos não há vencedores e o que resta vitorioso é o epíteto do Senhor Paradoxo Positivo, em ‘’Lionizing’, quando observa que ‘todos os tolos eram filósofos e todos os filósofos eram tolos’, uma frase que em “A carta roubada” se transforma em ‘todos os tolos são poetas... e todos os poetas são tolos’. Somente William Faulkner, bem mais tarde, nos propiciaria a sua mais perfeita tradução, revelando o seu sentido obscuro ao transformá-la mais uma vez em “ a vitória é uma ilusão de filósofos e de tolos.”
Pois o fracasso é a marca inelutável do gesto reflexivo, seja este gesto representado pelos antagonismos especulares entre Poe e Griswold, ou entre Poe e a crítica, na esfera da vida, seja representado pela dupla Dupin e Ministro D., na esfera da ficção. É justamente porque ‘A Carta Roubada’ trata a questão da auto consciência, do pensamento que se volta sobre si mesmo, em termos de um embate entre inimigos mortais, que os paralelos acima puderam ser traçados. “A carta roubada”, em suas infinitas dobras, redobras e inversões, mostra que infligir uma derrota final e definitiva sobre um inimigo e alcançar a plena objetivação do eu, fazê-lo coincidir plenamente consigo mesmo, são equivalentes e análogos. Refletir, dobrar-se, é lutar consigo mesmo, é tentar infligir uma derrota sobre si mesmo, é tentar erradicar essa diferença, uma erradicação que ao pensamento, entretanto, é vedada.
BIBLIOGRAFIA
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Eliot, T. S. From Poe to Valéry. Hudson Review, autumn 1949, apud Felman, Shoshana. On Reading Poetry. In: The Purloined Poe: Lacan, Derrida and Psychoanalytic Reading. Eliot, T. S. Foreword to “Symbolism from Poe to Mallarmé: The Growth of a Myth, by Joseph Chiari. London, Rockliff Publishing Corporation, 1956.
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Paz, Octavio. Signos em rotação. São Paulo, Perspectiva, 1996.
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Shaw, George Bernard. Edgar Allan Poe. In: ---. The Recognition of Edgar Allan Poe: Selected criticism since 1829. Ed. E. W. Carlson. Ann Arbor: University of Michigan Press. Apud Felman, op. cit.
Winters, Ivor. Edgar Allan Poe: A crisis in American obscurantism. In: ---. The recognition of Edgar Allan. In: The Purloined Poe, op. cit.
NOTAS
1 Paz, Octavio. Signos em Rotação. São Paulo, Perspectiva, 1996. p 185-200.
2 Chiari, Joseph. Symbolism from Poe to Mallarmé: The Growth of a Myth. London, Rockliff, 1956. P. 86.
3 Op. cit. 89
4 Chiari, op. cit p. 83
5 Eliot, T. S. From Poe to Valéry. Hudson Review, Autumn 1949, apud Felman, Shoshana. On Reading Poetry. In: The Purloined Poe: Lacan, Derrida and Psychoanalytic Reading. Baltimore and London, Johns Hopkins University Press, 1988. Minha tradução .
6 Eliot, T. S. Foreword to Symbolism from Poe to Mallarmé: The Growth of a Myth, by Joseph Chiari. London, Rockliff Publishing Corporation, 1956. Minha tradução.
7 Eliot, T. S. Foreword. In: Symbolism from Poe to Mallarmé: The Growth of a Myth, by Joseph Chiari, op. cit.
8 Felman, Shoshana. On Reading Poetry. In: The Purloined Poe, ed. John P. Muller and William J. Richardson. Baltimore, The Johns Hopkins University Press, 1988.
9 Felman, op cit., 134.
10 Idem, 137.
11 Op. cit. 135.
12 Shaw, George Bernard. Edgar Allan Poe. In The Recognition of Edgar Allan Poe: Selected criticism since 1829. Ed. E. W. Carlson. Ann Arbor: University of Michigan Press. Apud Felman, op. cit., 135.
13 Lowell, James Russell. Edgar Allan Poe. In: The recognition of Edgar Allan Poe: Selected criticism since 1829. Apud Felman, op. cit., p. 135.
14 Cooke, P. Pendleton. Edgar A. Poe (quoting Elizabeth Barret). In: The Recognition of Edgar Allan Poe: Selected Criticism since 1829. Apud Felman, op. cit., p. 135.
15 Eliot, apud Felman, 135.
16 Eliot, apud Felman, 135.
17 Felman, Shoshana. On Reading Poetry, op. cit., 134.
18 Lowell, apud Felman. p. 134.
19 Robertson: The Genius of Poe; Mauclair: Le Génie d’Edgar Poe; Dillon: Edgar Allan Poe: His Genius and his Character; Thompson: The Genius and Character of Edgar Allan Poe; Marks: Genius and Disaster: Studies in Drugs and Genius; Alexander: Affidavits of Genius: French Essays on Poe.”
20 Huxley, Aldous. Vulgarity in Literature. In: The Recognition of Edgar Allan Poe: Selected criticism since 1829. Ann Arbor, University of Michigan Press, 1949. Apud Felman, Shoshana. op cit., p. 136.
21 Huxley, in Felman, op. cit. 136. Minha tradução.
22 Belgion, Montgomery. The Mystery of Poe. In: Essays in Criticism. Apud Chiari, Joseph, op. cit., p. 2.
23 Felman, op. cit, p. 136.
24 Winters, Ivor, Edgar Allan Poe: A Crisis in American obscurantism. In The Recognition of Edgar Allan Poe: Selected criticism since 1829. Apud Felman, op. cit., p. 137. Minha tradução.
25 Felman, op. cit., 137.
26 Op. cit., 137.
27 Eliot, T. S. Foreword, op. cit., p. vi.
28 Eliot, T. S., From Poe to Valéry, New York, Harcourt, Brace and Company, 1948. Apud Chiari, Joseph, op. cit., p. 3.
29 “Toutefois plus j’irai plus je serai fidèle à ces sévères idées que m’a léguées mon grand maître Edgar Poe. Le poèm inouï du Corbeau a été ainsi fait Et l’âme du lecteur jouit absolument comme le poète a voulu qu’elle jouît. Elle ne ressent pas une impression autre que celles sur lesquelles il avait compté”.Mallarmé, carta a H. Cazalis. In: Mondor, H., Vie de Mallarmé. Paris, Gallimard, 1941. Apud Chiari, Joseph, op. cit., p. 83.
30 Valéry, apud Chiari, op. cit., p. 64. Jamais le problème de la littérature n’avait été jusqu’à Edgar Poe examiné dans ses prémisses, réduit à um problème de psychologie, abordé au moyen d’une analyse où la logique et la mécanique des effets était délibérement employées.
31 Publicada na Philadelphia em 1948 sob a alcunha de ‘Levante’ é atribuída a Poe: ‘With you, ye minor bards, I hold not war; much as yourselves would I that strife abhor, Too dull your muse offense to give or take, My hate to rouse, or at my thrust awake; So cold your strain, so dead your accents fall, Great thanks to Griswold that ye live at all! (...)”.
32 New York Tribune, October 9, 1949. In: Precisely Poe: Your Personal Poe Decoder. http://www.poedecoder.com/PreciselyPoe/.
33 What will be his [Mr. Griswold`s] fate? Forgotten, save only by those whom he has injured and insulted, he will sink into oblivion, without leaving a landmark to tell that he once existed; or if he is spoken of hereafter, he will be quoted as the unfaithful servant who abused his trust" (Harrison, Complete Works, XI, p. 220-243).
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