sexta-feira, 16 de julho de 2010

Tudo novo de novo




Rodrigo C. Vargas

A convergência entre a segurança física e a lógica reaparece de quatro em quatro anos como se nunca tivesse acontecido. É o debate esclerosado entre metodologia da posse e a do trabalho. O vulto físico e lógico coexistindo sob o mesmo manto mercadológico onde quando esticado, sobra os discursos antagônicos de um lado e as praticas siamesas do outro. Esse é o destino político. Tanto é assim que todas as revoluções fortemente comprometidas com as mudanças resultaram na continuidade da opressão física sob a forma do Estado, e lógica travestida de sociedade.

Encontrar uma saída? É simples, o mundo político não acompanha as rápidas mudanças do mundo tecnológico. Ficamos divididos entre o que está por acontecer e o ontem. Foi assim com Lula, Obama e será com qualquer outro líder carismático. E o pior, para esse ano ainda amarga o triste fim de Policarpo Quaresma: a loucura lúcida. Nos candidatos que sobraram não há nem mesmo carisma.

Além desse vazio histórico, ainda há um bom motivo para ficarmos alerta. Todos começam pelo fim. O que interessa mesmo é para eles descarte. Programas sérios e bem detalhados que demonstram a capacidade de organizar idéias e de colocá-las em prática, não é isso o que veremos. Quando as campanhas caírem de braços dados com a imagem, será difícil notar. O circo é arranjado para desnortear o inimigo, no caso você que está lendo agora e que irá votar. É um tipo de estratégia (Sun Tzu) que não te deixa pensar.

Como dizia Fernando Pessoa, pensar é agir. Não adianta ingressar em nenhum grupo que gagueja o futuro onde tudo é dividido. O mundo dos palanques precisa ser rápido. Não tão quanto aqueles que roubam e não aparecem, mas como aqueles que criam e não são lembrados.

O melhor a fazer é votar, mas antes disso busque a literatura de cada um e esqueça a propaganda eleitoral, até mesmo por que ela é gratuita.

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