Zezé Medeiros
Filósofo e vocalista da banda Caco de Vidro (Cover do Pink Floyd)
Breath, breath in the air, don’t be afraid to care…
De repente embarco numa nave transdimencional, quem sabe, onde sons e imagens se confundem num túnel de quase morte, sei lá! Um homem morreu em sua casa na cinzenta Londres, em 15 de setembro de 2008, Wright estava com 65 anos e sofria de câncer. Deixou o registro de seus dedos (seriam dedos?!?) para humanidade como legado.
You gonna go far, you never gonna die…
Londrino, estudante de Arquitetura foi na escola que conheceu Roger Waters e Nick Mason, logo montando uma banda com a entrada do guitarrista Syd Barrett. Wright sempre contribuía com composições com umas duas ou três músicas por álbum, além de colaborar nos magníficos arranjos onde podemos citar: "Echoes" (do album Meddle), "Time" (do Dark Side of the Moon) ou em Wish You Were Here, onde seus teclados estão onipresentes, claramente visivel em "Shine on you crazy diamond", onde a guitarra de David Gilmour soma-se aos teclados em um amplexo de pura viagem.
Com o processo de domínio iniciado em Animals por Roger Waters e o sucesso a afetar as relações pessoais dentro do grupo, culminou com o seu afastamento na gravação do album The Wall, apesar de mais tarde participar dos shows.
Aprentemente é um coadjuvante, mas o certo é que Richard Wright foi elemento fundamental para a construção do som do Pink Floyd. De seus teclados reproduziam-se sons que iam desde pingos d’água, passando por ventos e tempestades até helicópteros, máquinas e sons do que ainda vamos criar. Richard Wright ainda compôs os álbuns solos: Wet Dream em 1978, Identity – com o codinome Zee - em 1984 e por fim Broken China em 1996, onde mostra toda sua maturidade como músico em composições e arranjos maginíficos.
Relax, I do believe it’s working good...
Foi Baudelaire quem sugeriu no século XIX: “embriagai-vos, de vinho poesia ou virtude, a vossa escolha”, mas o poeta ainda não conhecia os teclado de Wright, senão ele teria acrescentado “som” nessa opção inebriante. Careta que sempre fui, Pink Floyd foi a embriagues sem álcool ou THC que me projetou. Meus ouvidos adolescentes ao captar aqueles sons, sofreram tal impacto que até hoje ecoam no auge de minha meia-idade. Sons que romperam a barreira do fisiológico ao fundirem-se a tal ponto que os tímpanos viraram retina.
Lembro ainda hoje da viajem que foi quando fechei os olhos e ouvi o Umma Gumma pela primeira vez. Também do estado lisérgico que me deixou a vagar na praça do Ferreira, saindo do Cine são Luiz após ver “The Wall”.
Wright morreu sim, pois a evolução necessita desse sacrifício. No entanto procuramos registrar nossas marcas neste mundo, na crença de que a imortalidade da obra nos envolva num processo de continuidade. Assim não lamentarei, nem rolara uma lágrima sequer dos meus olhos, like black hole in the sky... Pois sei que o som daquele homem vai brilhar nos ouvidos dos meus netos, assim como já brilha no dos meus filhos.
Shine on your crazy diamond…
De repente embarco numa nave transdimencional, quem sabe, onde sons e imagens se confundem num túnel de quase morte, sei lá! Um homem morreu em sua casa na cinzenta Londres, em 15 de setembro de 2008, Wright estava com 65 anos e sofria de câncer. Deixou o registro de seus dedos (seriam dedos?!?) para humanidade como legado.
You gonna go far, you never gonna die…
Londrino, estudante de Arquitetura foi na escola que conheceu Roger Waters e Nick Mason, logo montando uma banda com a entrada do guitarrista Syd Barrett. Wright sempre contribuía com composições com umas duas ou três músicas por álbum, além de colaborar nos magníficos arranjos onde podemos citar: "Echoes" (do album Meddle), "Time" (do Dark Side of the Moon) ou em Wish You Were Here, onde seus teclados estão onipresentes, claramente visivel em "Shine on you crazy diamond", onde a guitarra de David Gilmour soma-se aos teclados em um amplexo de pura viagem.
Com o processo de domínio iniciado em Animals por Roger Waters e o sucesso a afetar as relações pessoais dentro do grupo, culminou com o seu afastamento na gravação do album The Wall, apesar de mais tarde participar dos shows.
Aprentemente é um coadjuvante, mas o certo é que Richard Wright foi elemento fundamental para a construção do som do Pink Floyd. De seus teclados reproduziam-se sons que iam desde pingos d’água, passando por ventos e tempestades até helicópteros, máquinas e sons do que ainda vamos criar. Richard Wright ainda compôs os álbuns solos: Wet Dream em 1978, Identity – com o codinome Zee - em 1984 e por fim Broken China em 1996, onde mostra toda sua maturidade como músico em composições e arranjos maginíficos.
Relax, I do believe it’s working good...
Foi Baudelaire quem sugeriu no século XIX: “embriagai-vos, de vinho poesia ou virtude, a vossa escolha”, mas o poeta ainda não conhecia os teclado de Wright, senão ele teria acrescentado “som” nessa opção inebriante. Careta que sempre fui, Pink Floyd foi a embriagues sem álcool ou THC que me projetou. Meus ouvidos adolescentes ao captar aqueles sons, sofreram tal impacto que até hoje ecoam no auge de minha meia-idade. Sons que romperam a barreira do fisiológico ao fundirem-se a tal ponto que os tímpanos viraram retina.
Lembro ainda hoje da viajem que foi quando fechei os olhos e ouvi o Umma Gumma pela primeira vez. Também do estado lisérgico que me deixou a vagar na praça do Ferreira, saindo do Cine são Luiz após ver “The Wall”.
Wright morreu sim, pois a evolução necessita desse sacrifício. No entanto procuramos registrar nossas marcas neste mundo, na crença de que a imortalidade da obra nos envolva num processo de continuidade. Assim não lamentarei, nem rolara uma lágrima sequer dos meus olhos, like black hole in the sky... Pois sei que o som daquele homem vai brilhar nos ouvidos dos meus netos, assim como já brilha no dos meus filhos.
Shine on your crazy diamond…
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