sábado, 8 de maio de 2010

Como reconhecer o novo?

(Caravaggio)
Rodrigo C. Vargas

Não é fácil estabelecer uma posição confortável entre a novidade e o antigo. O tempo é o condutor desse caos acenando tanto para a sensação de descontrole quanto para a afirmação do oposto. Atores flutuantes de um presente que é ao mesmo tempo futuro e passado. Um caminho inseguro onde tudo que temos é o delírio forjando o real.

"E não deveria eu, com uma violência apaixonada,
Fazer surgir para a vida a forma mais divina"?
(Goeth)

As atitudes de alguns poucos confirmam essa angustia. Exemplarmente o sujeito descarrega toda a sua força na construção de um conceito ideal próprio, bruto e desnecessário. Um embate desleal onde o gatilho dispara mil vezes sem nenhum estopim.

Seria fácil se não me empurrassem goela abaixo a novidade. Não posso me permitir cair no erro de achar que descubro algo. Entendo bem que o mundo não precisa de gênios e sim de operários. Eu desconheço o novo. Debord referindo-se ao espírito diz: "a comunidade [...] é a verdadeira natureza social do homem, a natureza humana."

Qual é a sua?

Um comentário:

Talles Azigon disse...

A novidade é o velho de roupa nova e pode parecer clichê, mais toda transformação vem de fora para dentro.

isso mesmo de fora para dentro, assim acredito eu.

vejo ao redor e concluo isso